Calcium fluxes in Hoplosternum littorale (tamoatá) exposed to different types of Amazonian waters
Baldisserotto, BernardoCopatti, Carlos EduardoGomes, Levy CarvalhoChagas, Edsandra CamposBrasilinn, Richard PhilipRoubach, Rodrigo
Os peixes que vivem na Amazônia são expostos a vários tipos de água: águas pretas, contendo grande quantidade de carbono orgânico dissolvido, águas brancas, com concentração de Ca2+ dez vezes maior que as águas pretas e pH neutro, e águas claras, com concentração de Ca2+ duas vezes maior que as águas pretas e pH também neutro. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar o fluxo de Ca2+ no peixe de respiração aérea facultativa Hoplosternum littorale (tamoatá) exposto a diferentes tipos de águas amazônicas. Os peixes foram aclimatados em água de poço artesiano (semelhante à água clara) e depois colocados individualmente em câmaras para medir o fluxo de Ca2+. Após 4 h, a água das câmaras foi trocada por um tipo diferente de água. A transferência do tamoatá das águas pobres em íons água preta e preta ácida ou da água branca, rica em íons, para as águas preta e preta ácida, pobres em íons, resulta em uma perda de Ca2+ apenas nas duas primeiras horas de experimento. Entretanto, a transferência da água preta e preta ácida, para a água branca resulta em um influxo de Ca2+. Os resultados obtidos nos permitem concluir que a transferência do tamoatá para as águas preta e preta ácida, pobres em íons, leva a uma temporária perda de Ca2+, e a quantidade de Ca2+ na água branca, rica em íons, é adequada para prevenir sua perda após a transferência. Sendo assim, a transferência do tamoatá entre as águas estudadas não resulta em sérios distúrbios no Ca2+.(AU)
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