Population genomics of Gymnogeophagus labiatus and G. lacustris reinforces the role of hydrographic isolation between evolutionary lineages (Cichlidae: Geophagini)
Figueiredo, Pedro Ivo C. C.Hashimoto, Diogo T.Ariede, Raquel B.Zani, André L. S.Varal, MaikelMalabarba, Luiz R.Fagundes, Nelson J. R.
Resumo Gymnogeophagus labiatus e G. lacustris representam um par de espécies irmãs distribuídas nas ecorregiões da Laguna dos Patos (ELP) e Tramandaí-Mampituba (ETM), no sul do Brasil e no Uruguai. Enquanto G. lacustris tem sido considerada endêmica da ETM, G. labiatus tem sido associada a ambas ecorregiões, sendo distinta de G. lacustris por seus lábios hipertrofiados, que representam uma adaptação para o forrageio em ambientes rochosos, além de variação na coloração. Um estudo recente que usou dados morfológicos e de mtDNA questionou essa interpretação, sugerindo que G. labiatus seria exclusivo da ELP, e que todos os indivíduos na ETM deveriam ser considerados G. lacustris. Nesse trabalho, usamos marcadores genômicos ddRADseq para avaliar a relação evolutiva entre essas espécies. Os resultados corroboraram achados anteriores de que cada ecorregião abriga uma linhagem evolutiva independente, e que todos os indivíduos na ETM correspondem a G. lacustris. Nossos resultados não evidenciam uma estrutura genética significativa entre as populações lacustres e fluviais na ETM. Entretanto, encontramos evidências de um contato secundário entre G. labiatus e as populações fluviais de G. lacustris, sugerindo que os lábios hipertrofiados em ambos os grupos podem ter uma base genética comum, podendo indicar um exemplo de introgressão adaptativa.
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