Hipoadrenocorticismo primário em cães: agudo versus crônicos - Revisão de literatura e relato de casos
Rondelli, Mariana Cristina HoeppnerPaulino Junior, DanielMarinho, Fabricio AndradeAlves, Marcelo Augusto Moraes KouryCamacho, Aparecido AntonioCosta, Mirela Tinucci
O hipoadrenocorticismo primário é uma doença de ocorrência rara em cães e gatos, resultante da deficiência de glicocorticóides e mineralocorticóides. O hipoadrenocorticismo pode ocorrer de forma aguda e crônica, esta última raramente diagnosticada. A forma aguda da doença pode se caracterizar por fraqueza, vômitos, depressão, bradisfigmia, bradicardia, hipotensão, além de hiponatremia, hipercalemia, hipocloremia e azotemia, podendo chegar ao choque. Na forma crônica o quadro clínico é menos dramático e o animal apresenta hiporexia, vômitos esporádicos, perda de peso, hiponatremia, hipercalemia e azotemia leve, e a relação sódio: potássio não precisa estar necessariamente alterada. Este relato pretende expor as dificuldades em se diagnosticar, tratar e manter pacientes acometidos pelo hipoadrenocorticismo primário, em suas modalidades aguda e crônica. Foram atendidos no Hospital Veterinário da UNESP/Jaboticabal, entre 2008 e 2009, quatro cães com sinais clínicos gastrointestinais inespecíficos e exames não conclusivos. O exame complementar de maior importância neste contexto foi a verificação da razão sódio: potássio sérica, que apesar de não ser confirmatória, sugeriu fortemente o diagnóstico de hipoadrenocorticismo primário. Destes, dois apresentavam a doença na forma crônica e dois na aguda. As razões encontradas foram 17 e 17,9 nos casos agudos, 21 e 24 nos casos crônicos (média de 19,9). Após a instituição do tratamento, dois cães que apresentavam o quadro crônico e um o agudo, sobreviveram; um com a doença de curso agudo veio a óbito durante o atendimento(AU)