Perfis hematológico, bioquímico sérico e protéico eletroforético de ratos experimentalmente envenenados por Tityus fasciolatus
Melo, Marília MartinsPinto, Mariana Cunha LonguinhosVeado, Júlio Cesa Cambrais
O escorpionismo é problema de saúde pública e causa maior número de óbitos quando acomete indivíduos jovens. Todavia poucos são os estudos sobre o tema em Medicina Veterinária. Diante desse contexto, objetivou-se caracterizar os perfis hematológico, bioquímico sérico e protéico eletroforético após o envenenamento por Tityus fasciolatus, espécie endêmica no Triângulo Mineiro e Brasil Central. Foram utilizados 12 ratos Wistar machos, 130g, distribuídos em dois grupos (n = 6): 400µl de placebo (controle); e 300µg do veneno de T. fasciolatus / animal. As amostras de sangue foram colhidas 8h após os tratamentos pela via intracardíaca. O perfil hematológico incluiu contagens totais de eritrócitos e leucócitos, concentração de hemoglobina, contagem diferencial de leucócitos, total de plaquetas, volume globular, e os índices hematiméticos (VCM, HCM e CHCM); o perfil protéico eletroforético incluiu as concentrações de proteínas plasmáticas, albumina, α, β e γ globulinas; e o bioquímico sérico, as enzimas creatina quinase e a isoenzima CK-MB, desidrogenase lática, aspartato amino-transferase, além de uréia, creatinina, amilase, glicose, cortisol, insulina e troponina. Os animais envenenados apresentaram aumento das enzimas marcadoras de lesão muscular especialmente do miocárdio, indicando ação cardiotóxica do veneno de T. fasciolatus. Os demais parâmetros não alteraram 8h após o envenenamento(AU)