Carprofeno e meloxicam na analgesia preventiva de cães
Andrade, Juliana dos Santos DamascenoAlmeida, Ricardo Miyasaka de
Todos os procedimentos cirúrgicos resultam em algum grau de dor pós-operatória, a qual provoca vários efeitos deletérios ao paciente. A administração de analgésicos sistêmicos antes da intervenção cirúrgica pode reduzir a necessidade do animal em recebê-los no período pós-operatório. A estimulação dos nociceptores periféricos pelo trauma cirúrgico pode induzir uma hiopersensibilidade periférica e amplificação da atividade neural central, resultando em prolongada e intensiva dor em resposta à estimulação desse local. A analgesia preentiva suprime a sensibilização central e isso limita efetivamente a percepção da dor. Essa técnica é comumente feita em cães por meio da administração de opióides, fármacos antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) e anestédicos locais. Os AINEs têm sido tradicionalmente utilizados na Medicina Veterinária no manejo da dor em cães, porém, são comumente associados com distúrbios gastrointestinais e renais, fato que restringe seu uso preventivamente. Entretanto, AINEs desenvolvidos recentemente são mais seguros e inibem de modo seletivo a enzima cicloxigenase-2. Muitos estudos têm apoiado o uso de AINEs, particularmente o carprofeno e o meloxicam. O carprofeno como analgésico preventivo demonstra analgesia satisfatória por um período de até 18 horas e poços efeitos colaterais. O meloxicam é seguro e efetivo no controle da dor pós-operatória por até 20 horas. O propósito dessa revisão bibliográfica é investigar a eficácia do meloxicam e do carprofeno quando são administrados preventivamente para controlar a dor aguda pós-cirúrgica(AU)