Identificação de agentes e resposta aos tratamentos na cistite neurogênica em cães com lesão na coluna tóraco-lombar
Barcello, Heloísa Helena de AlcântaraRodrigues, Laura BeatrizValle, Stella de FariaSantos, Luciana Ruschel dosBrun, Maurício VelosoTomazi, GuilhermeAtaíde, Michelli Wesrphal deFerreira, Kelly Cristina
Lesões agudas na coluna tóraco-lombar podem provocar inibição da micção, retenção e estase urinária. A antibioticoterapia fica indicada baseada na urocultura e antibiograma. Em alguns casos a antibioticoterapia é ineficaz, e os pacientes demonstram piora no quadro clínico. Este trabalho tem por objetivo identificar bactérias presentes na urina de cães com lesão da coluna tóraco-lombar, retenção urinária e paresia dos membros pélvicos. Foran utilizados 11 cães, divididos em dois grupos: seis no GI (≤ 7 dias de sintomatologia) e cinco no GII (≥ 30 dias de sintomatologia). Realizou-se urocultura e antibiograma, na qual foram atestados ampicilina, amoxilina, cefalexina, cefalotina, cefalozina, ciproflaxina, estreptomicina, florfenicol, gentamicina, neomicina, norfloxacina, penicilina G, tetraciclina e sulfadiazina/trimetropim. A escolha do antibiótico baseou-se resultado do antibiograma, pH urinário e pela comparação da CUM com a CIM. Em nove cães houve crescimento bacteriano: Staphylococcus spp (30%), Sreptococcus spp (20%) e Echerichia coli (30%) em GI e GII, e Corynebacterium SP (10%) no GII. No GI utilizou-se no tratamento enrofloxacina, cefalotina ou sulfadiazina com trimetropim, sendo que todos os cães apresentaram urocultura negativa após 14 dias. No GII foram utilizados sulfadiazina com trimetropim, cefazolina, florfenicol ou norfloxacina. Apenas o cão tratado com cefazolina continuava com urocultura positiva, visto que o pH urinário de atuação do antimicrobiano não estava adequado. Conclui-se, então, que para escolher o antibiótico é necessário saber a sensibilidade antimicrobiana, o pH urinário e a concentração urinária média (pelo menos quatro vezes maior que a CIM)(AU)