Alterações eletrocardiográficas e cardiovasculares promovidas pela morfina ou butorfanol em cães anestesiados pelo desfluorano
Souza, Almir Pereira deNunes, NewtonSantos, Paulo Sérgio Patto dosNishimori, Celine TiePaula, Danielli Parrilha deRezende, Márilis Lagenegger deSilva, Rosangela Maria Nunes da
O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da morfina e do butorfanol sobre variáveis eletrocardiográficas e cardiovasculares em cães anestesiados com desfluorano. Para tanto, foram utilizados 30 cães adultos, distribuídos em três grupos (GMF, GBT e GCO). A anestesia foi induzida com propofol (8mg/kg IV) e em seguida os animais foram intubados com sonda de Magill, que foi conectada ao aparelho de anestesia para administração de desfluorano (1,5 CAM). Após 30 minutos, foi aplicado no GMF morfina (1mg/kg IM), no GBT butorfanol (0,4mg/kg IM) e no GCO solução de NaCL a 0,9% (0,05mL/kg IM). Avaliaram-se: freqüências cardíaca e respiratória (FC e FR); pressões arteriais sistólica, diastólica e média (PAS, PAD E PAM); débito cardíaco (DC); temperatura corporal (TC); e as variáveis eletrocardiográficas Pms, PmV, QRS, RmV, RR, PT, QT e PR. As colheitas dos dados foram feitas aos 30 minutos após o início da administração do desfluorano (M0), 15 minutos após a administração do opióide ou placebo (M15) e a cada 15 minutos após M15 (M30, M45, M60 e M75). A avaliação estatística dos dados foi estudada por meio de Análise de Perfil (p<0,05). Houve discreta redução da FC, da pressão arterial e da FR com os opióides testados. Os intervalos PR, QT, RR e PT elevaram-se no GMF e GBT. Concluiu-se que a inclusão dos opióides butorfanol e morfina durante anestesia inalatória pelo desfluorano determina discretas alterações na eletrocardiografia de cães, o que não contra-indica o seu uso em pacientes estáveis(AU)