Rompendo esteriótipos no controle populacional de cães: utilização de ovariectomia pelo flanco
Martins, Thais AgostinhoPeixoto, Erika Cosendey de MelloNovo, Sylvia Marquart FontesPinheiro, Moisés da MottaIbañez, José Fernando
Animais abandonados representam grande problema para a saúde pública, principalmente no que serefere ao controle de zoonoses. A esterilização por métodos definitivos contribui efetivamente para o controlepopulacional de cães e gatos, entretanto o maior fator limitante é o custo. Vantagens como menormanipulação visceral, menor tempo cirúrgico, e dessa forma, menores gastos com anestésicos, deveriamfazer da ovariectomia, a técnica de escolha. Entretanto, a ovariossalpingohisterectomia, continua sendoamplamente empregada a pretexto de que a permanência uterina possibilitaria ocorrência de piometraou outras afecções de caráter reprodutivo. Embora haja relatos anteriores registrados, por diferentespesquisadores, comprovando a inocuidade da ovariectomia, a utilização desta técnica no Brasil ainda épouco difundida. Assim, objetivou-se avaliar o pós-operatório tardio, quanto à ocorrência de piometra,em fêmeas caninas ovariectomizadas. Para tanto, foram avaliados histórico, exame clínico geral, examecitológico vaginal e ultrassonográfico de abdomem. Foram ovariectomizadas 10 animais não experimentais,de diferentes raças e idades. Esses animais foram trazidos voluntariamente por seus respectivosproprietários. O período de acompanhamento variou, correspondendo ao período de quatro a dez anos.Não foram observados sinais de estro, piometra, ou qualquer alteração indicativa de afecções de origemuterina nos animais estudados, corroborando com relatos anteriores. A ovariectomia foi definitiva,eficiente e segura para prevenção de estro, natalidade ou afecções uterinas, podendo ser recomendadacomo técnica de escolha para esterilização de fêmeas caninas.(AU)