Aloenxerto de cartilagem auricular conservada em glicerina em defeito palatino produzido experimentalmente em cães
Francisco, Manoel Marcelo da SilvaDaleck, Carlos RobertoAlessi, Antonio CarlosMartins, Marcos RussomanoEurides, Duvaldo
Avaliou-se o aloenxerto de cartilagem auricular de cães, conservado em glicerina a 98% no reparo de defeito palatino experimental. Foram empregados 15 cães adultos, sem raça definida, divididos aleatoriamente em cinco grupos de três animais cada, nos quais foram produzidos cirurgicamente defeitos no palato secundário, seguidos da reparação com aloenxerto de cartilagem auricular. Os cães do grupo controle foram submetidos ao reparo sem emprego do aloenxerto. As observações clínicas e macroscópicas realizadas durante o período experimental demonstraram que não houve deiscência de sutura, edema ou necrose de tecidos. Avaliações histológicas realizadas aos 10, 30, 60 e 90 dias mostraram que a cartilagem apresentava-se preservada e facilmente identificável, conservando seus elementos celulares. Não houve diferenciação na coloração quando comparou-se o enxerto cartiginoso com a cartilagem do septo nasal natural. Além disso, notou-se que, aos 90 dias, a integridade do implante era bastante visível, havendo fibroblastos profiferados e deposição de colágeno sobre o enxerto, não deixando espaços entre as estruturas. Notou-se, em um animal, ossificação da cartilagem após 90 dias. Os resultados obtidos permitem concluir que o aloenxerto da cartilagem auricular mostrou-se funcional, podendo ser viável no reparo de defeitos palatinos de cães, propiciando bom isolamento entre a cavidade nasal e oral(AU)