Gradientes térmicos e respostas fisiológicas de caprinos no semiárido brasileiro utilizando a termografia infravermelha
Roberto, João Vinícius BarbosaSouza, Bonifácio Benício deFurtado, Dermeval AraújoDelfino, Luciano José BezerraMarques, Bênnio Alexandre de Assis
Objetivou-se com esse trabalho avaliar as respostas fisiológicas e os gradientes térmicos de cabras Saanen e mestiças ¼ Saanen + ¾ Bôer criadas no semiárido, com auxílio da termografia de infravermelho. Foram utilizadas 18 cabras, sendo 9 puras Saanen e 9 mestiças, distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado em fatorial 2x2 (duas raças e dois turnos), com 18 repetições. A análise de variância revelou efeito de turno (P<0,05) para todas as variáveis estudadas, com exceção da frequência respiratória, sendo observadas no turno da tarde as maiores médias para temperatura retal e para temperatura superficial das diferentes regiões estudadas (globo ocular, focinho, pescoço, costado, garupa, flanco, coxa, canela e ventre). No turno da manhã, verificaram-se as maiores médias para os gradientes estudados. Não foi observado efeito de raça para nenhum dos parâmetros avaliados, exceto para a frequência respiratória, temperatura superficial do globo ocular e temperatura superficial do focinho no turno da tarde, sendo observadas para esse último, as maiores médias para o grupo das mestiças. Apesar de manter a temperatura retal dentro dos níveis normais para a espécie, o grupo genético Saanen se mostrou menos tolerante às condições climáticas do semiárido do que os mestiços ¼ Saanen + ¾ Bôer. Mesmo em condições de confinamento, o período da tarde no semiárido se torna estressante para os caprinos reduzindo os gradientes térmicos entre as temperaturas do núcleo central e a superfície corporal e desta com o ambiente, elevando a frequência respiratória dos animais. (AU)
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