Com as próprias patas: Como e onde o Sapinho-de-Jardim Rhinella dorbignyi constrói seus abrigos
Schuck, Laura KMoser, Camila FFarina, Renata KSantos, Nathália L. P. S. dosTozetti, Alexandro M
Neste estudo, observamos que tocas de Rhinella dorbignyi (Duméril & Bibron, 1841) são distribuídas de uma forma não-aleatória no habitat, sugerindo que esta espécie seleciona sítios para cavá-las. Esta conclusão foi baseada em uma caracterização de 36 tocas e do micro-habitat que as cerca. Estabelecemos um quadrante de 1 m x 1 m com a toca como seu ponto central (n=36) para medir a porcentagem (densidade) e a altura média de gramíneas, plantas herbáceas e arbustos. Todas as medidas foram repetidas em dois quadrantes não utilizados (sem tocas), para avaliar o micro-habitat disponível ao anfíbio (n=72). As tocas são construídas em áreas específicas do habitat com maior porcentagem de gramíneas, ervas mais altas, menos arbustos presentes e pouca área sombreada. Baseado em modelos tridimensionais do interior das tocas (n=15), observamos que todas elas são construídas com uma abertura elíptica que se abre para um canal estreito, perpendicular ao chão. Os canais têm diâmetro máximo médio de 38 mm e diâmetro mínimo médio de 18 mm. O comprimento médio das tocas é de 182 mm, e o volume médio é de 95 mL.
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