Variação morfométrica em Bothropoides jararaca (Serpentes, Viperidae) no Rio Grande do Sul
Rocha Matias, NathaliaLúcia Machado Alves, MariaLeitão de Araujo, MoemaMarques Henriques Jung, Diego
Apesar de machos e fêmeas de serpentes nascerem com o mesmo tamanho, as taxas de crescimento e a idade da maturação sexual podem ser diferentes, determinando dimorfismo sexual em estágios posteriores da vida. Avaliamos a ocorrência de variação morfométrica sexual e ontogenética em Bothropoides jararaca (Wied, 1824), explorando as relações entre tamanho corporal e amadurecimento sexual através de 14 variáveis morfométricas. Foram analisados 142 espécimes provenientes do estado do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. Os dados morfométricos - comprimento da cabeça, rostro-cloacal, da cauda, comprimento total; largura da cabeça, ocular, nasal, loreal, da cauda; distância ocular-nasal, ocular-loreal, loreal-nasal, ventral-sinfisal e rostral-labial - e comprimento/diâmetro dos folículos ovarianos, foram tomados em milímetros, através de régua simples e paquímetro analógico de precisão 0,05 mm. A determinação sexual foi realizada por inspeção das gônadas. A classificação etária foi associada à maturidade sexual. Para as análises estatísticas foram utilizadas análises de variância (ANOVA) com teste de Tukey post hoc, regressão linear e análise discriminante canônica (ADC). A maioria das medidas indicou dimorfismo sexual (ANOVA, P 0,05) apenas em adultos (Tukey, P 0,05). As análises de regressão mostram que o comprimento rostro-cloacal explica o comportamento das demais variáveis (P 0,001) e que em todas as medidas as fêmeas crescem mais que os machos. A ADC foi exitosa em separar as classes sexuais e etárias, apresentando significado biológico, considerando 79,2% dos casos como corretamente classificados.
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