Endemism analysis of Neotropical Pentatomidae (Hemiptera, Heteroptera)
Ferrari, AugustoPaladini, AndressaFeldens Schwertner, CristianoGrazia, Jocelia
A definição de áreas de endemismo é central aos estudos de Biogeografia Histórica e suas inter-relações são questões fundamentais. Hipóteses consistentes sobre a evolução de Pentatomidae (Hemiptera) na Região Neotropical dependem da acuidade das unidades empregadas nas análises, que no caso de estudos de biogeografia histórica, podem ser áreas endêmicas. Neste trabalho foram estudados os padrões de distribuição de 222 espécies, pertencentes a 14 gêneros de Pentatomidae, com ocorrência predominantemente neotropical, com base em uma Análise de Endemicidade (NDM) a fim de inferir possíveis áreas endêmicas e relacioná-las a áreas previamente delimitadas. A busca por áreas endêmicas foi realizada com quadrículas de 2,5° e 5° latitude-longitude. A análise com base em agrupamentos de 2,5° latitude-longitude permitiu identificar 51 áreas de endemismo, sendo que o consenso destas áreas resultou em quatro agrupamentos de quadrículas. A segunda análise, com quadrículas de 5° latitude-longitude, resultou em 109 áreas de endemismo. O consenso flexível empregado resultou em 17 áreas de endemismo. As análises foram sensíveis à identificação de áreas de endemismo na Mata Atlântica em diferentes escalas. A região Amazônica foi identificada como uma área única no consenso, sendo que a porção sudeste compartilha elementos com as sub-regiões do Chaco e Paraná. Os dados de distribuição dos táxons estudados, com diferentes unidades de análises, não permitiram a identificação de áreas endêmicas para o Cerrado e a Caatinga. As áreas de endemismo aqui identificadas devem ser tratadas como hipóteses biogeográficas primárias.
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