Formas parasitárias encontradas em hortaliças comercializadas em feira livre de Picos, Piauí: a importância do processo de sanitização
Pacheco, Ana Carolina LandimSilva, Edson Lourenço daMarques, Márcia Maria MendesAbreu, Maria Carolina dePinheiro, Tamaris Gimenez
O consumo diário de vegetais fornece inúmeros benefícios para a saúde do ser humano, no entanto têm sido um dos alimentos mais relacionados a surtos de toxinfecção alimentar em nível mundial. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de estruturas parasitárias em hortaliças comercializadas na feira livre do município de Picos, Piauí antes e após a utilização de hipoclorito de sódio como sanitizante. Foram analisadas 160 amostras, sendo 40 de alfaces-crespa (Lactuca sativa L.), 40 amostras de acelga (Beta vulgaris var. cicla L.), 40 amostras de coentro (Coriandrum sativum L.) e 40 amostras de cebolinha (Allium fistulosum L.), todas oriundas de plantio convencional. Para a busca parasitária, utilizou-se o método de sedimentação espontânea (Hoffmann). Os resultados mostraram que 75% das amostras, após lavagem com água destilada, estavam contaminadas por alguma estrutura parasitária, incluindo casos de múltipla contaminação. Os parasitos que prevaleceram nas amostras foram Ancilostomídeo (ovo e larva), Ascaris lumbricoides (ovo), Entamoeba histolytica (cisto), Taenia sp. (ovo) e Trichuris trichiura (ovo e larva). Após a sanitização das amostras, houve a redução da carga parasitária, o que torna indispensável esse processo. Esses dados demonstram a situação higiênico-sanitária precária das hortaliças comercializadas na feira livre e a necessidade da realização de campanhas de educação em saúde para produtores, comerciantes e consumidores de hortaliças da região. Essas medidas proporcionam melhora na qualidade das hortaliças e segurança para quem as consome.(AU)
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