Avaliação dos efeitos do manejo pré-abate e da distância de transporte sobre parâmetros post-mortem em bovinos
Silva, Caroline Letícia dos SantosSilva, Victória Luiza de BarrosSiqueira, Vinícius NoronhaRocha, Leandro da SilvaMelo, Cássia Aldrin de
Nos últimos anos as autoridades veterinárias nacionais e internacionais têm se preocupado com as condições em que os bovinos são transportados e o manejo que recebem até o abate, bem como com os prejuízos acarretados à toda a cadeia produtiva da carne e a necessidade de obtenção de produtos e com características sensoriais desejáveis. Objetivou-se com este trabalho avaliar fatores pré-abate que podem influenciar em parâmetros de qualidade da carne. Em um abatedouro-frigorífico de bovinos em Mato Grosso foram feitas avaliações do manejo pré-abate de animais sãos, com idade média de 25 a 36 meses, todos criados sob sistema extensivo e submetidos por 12 a 24 horas de descanso, jejum e dieta hídrica. Os resultados obtidos nos possibilitaram detectar índices de 7% de escorregões, 3% de quedas, 11% de vocalizações e 12% de falha no atordoamento, ou seja, todos fora dos padrões aceitáveis e estabelecidos pela literatura, demonstrando que o manejo pré-abate neste estabelecimento foi ineficiente. Foram também contabilizadas contusões em geral das carcaças e seus respectivos pH's, onde dos 204 animais avaliados ante-mortem quanto à distância de transporte,119 (58,33%) apresentaram algum tipo de lesão, sendo as regiões mais acometidas o traseiro, seguido do dianteiro e da ponta de agulha. Já com relação ao pH, os animais provenientes das maiores distâncias de transporte apresentaram o maior índice de alteração (42,64%). Podemos concluir que as práticas de Bem-Estar animal poderiam reduzir os prejuízos ocasionados pelo manejo inadequado no estabelecimento, reduzindo os prejuízos decorrentes das condenações das carcaças e/ou suas partes alteradas, com maior oferta de produtos ao consumidor.(AU)
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