Influência de diferentes tipos de embalagens na estabilidade de linguiça frescal
Duarte, Diana AssisGräff, Tânia Beatriz Acosta
A competitividade no mercado globalizado leva à busca constante pela qualidade e a embalagem possui importante contribuição neste quesito. A linguiça é um produto apreciado pelos consumidores brasileiros, não sendo submetida a processamento térmico, apresenta alta atividade de água, pH favorável e elevado teor nutritivo, o que resulta em curto prazo de validade. Quando refrigerada, em condições aeróbias, a microbiota dominante é formada por Pseudomonas spp, enquanto que em condições anaeróbicas, predominam os Lactobacillus. A oxidação lipídica leva ao desenvolvimento do odor característico de ranço. Linguiças foram embalada em 4 diferentes tipos de embalagens MRP, EVOH, PE (Polietileno) e Nylon, armazenadas em refrigerador mantido até 5°e, durante 45 dias. Neste período foi avaliado o pH, a cor e o odor, após 14, 24, 35 e 45 dias. As amostras também foram submetidas a análises microbiológicas de bactérias lácticas, Pseudomonas spp e Staphylococcus aureus. O comportamento do produto em relação à contaminação por bactérias lácticas e por Pseudomonas spp foi similar, independentemente do tipo de embalagem usada. A linguiça não apresentou contaminação por Staphylococcus aureus. O comportamento do pH teve pouca variação, apenas na linguiça mantida em embalagem de polietileno o pH baixou bastante, de 5,54 (14 dias) para 4,9 (45 dias). Odor desagradável desenvolveu-se no produto, independentemente da embalagem usada, porém demorou mais para se tornar perceptível nas amostras acondicionadas em embalagem de Nylon e de polietileno. Por outro lado, a linguiça embalada na embalagem de Polietileno apresentou maior alteração da cor, enquanto aquelas embaladas com MRP e EVOH mantiveram a cor do produto até os 45 dias de shelf life.(AU)