Avaliação microbiológica de teteiras de ordenhadeiras mecânicas
Rubinho, Marina PradoPaiva, Michelle MarceliniRufino, Luciana Rosa AlvesSilva, Lucimara MariaBoriollo, Marcelo FabianoFiorini, João EvangelistaOliveira, Nelma de Mello Silva
A multiplicação bacteriana no leite é muito rápida já que é considerado um meio de cultura natural se a temperatura for ideal. Alguns agentes etiológicos encontrados na mastite são veiculados pelo leite, sendo Streptococcus agalactiae, Streptococcus dysgalactiae, Streptococcus uberis, Escherichia coli e Staphylococcus aureus os mais comuns, representando um risco potencial à saúde do consumidor pela possibilidade de causar zoonoses e toxinfecções alimentares. O objetivo deste trabalho foi verificar a presença de S. aureus e E. coli nas teteiras antes e após os métodos de desinfecção empregados rotineiramente no processo de ordenha. Os experimentos foram conduzidos na Fazenda Tucaninho localizada na cidade de São João Batista do Gloria, MG e no Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microrganismos, Universidade José do Rosário Vellano localizada na cidade de Alfenas, MG. Foram coletadas 224 amostras das teteiras da linha de ordenha compostas por 8 conjuntos de 4 teteiras em 7 grupos diferentes. Foram encontradas 56 (25%) amostras positivas para a espécie E. coli e 39 (17,41 %) para o gênero Staphylococcus no total de 224 analisadas. Dentre as 39 amostras identificou-se S. aureus em 38 (97,43%) delas. A maioria das cepas de S. aureus apresentaram sensibilidade à vancomicina (100%), cefalexina (92,10%) e cefoxitina (94,74); apenas 13,16% foram sensíveis à oxacilina e 7,89% à ampicilina. Das 38 amostras 73,68% foram multirresistentes, sendo que o maior número de cepas foi resistente à ampicilina.(AU)