Comparação da atividade antimicrobiana de extratos hidroalcoólicos de três formas comercializadas de alho Allium sativum, contra bactérias de interesse clínico
Pinheiro, Karla MendesMoraes, Francyelle CostaMocelin, Adriana Furtado BaldezFigueiredo, Patrícia de Maria Silva
A planta Allium sativum, conhecida como alho, é usada tanto como condimento, quanto como planta medicinal. Seu uso na fitoterapia é datado desde a antiguidade em tratamentos de desintoxicações, além de ser diurético e laxante. Atualmente estudos vêm comprovando sua ação antifúngica e anti- biótica e seu uso como medicamento é reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Este trabalho expõe avaliar a comparação da atividade antimicrobiana do extrato hidroalcoólico do alho in natura, da pasta e do alho no estado desidratado, através da técnica de perfuração em ágar e microdiluição, para determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM) para os micro-organismos: Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Pseudomonas mirabilis, Salmonella typhi e Klebsiella pneumoniae. Em nível de enriquecimento do estudo incluiu-se a Candida albicans para verificação da Concentração Fungicida Mínima (CFM). Os resultados obtidos demonstraram que não houve atividade antimicrobiana dos extratos para os micro-organismos testados em meio sólido. Para determinação da CIM os extratos que foram diluídos, acrescentados às bactérias e o fungo, que não apresentaram turvação nas concentrações que variaram até 1:32, foram estriados em Miller Hilton, observando o crescimento após 24h. Os resultados demonstraram a ação bactericida mais ativa no alho desidratado e na pasta, já o alho in natura apresentou ação bacteriostática. E todos os extratos apresentaram ação fungistática. Faz- -se necessário o desenvolvimento de pesquisas quanto à ação das propriedades do alho e seus derivados como medicamento alternativo na cura de doenças que adquirem resistência aos antibióticos de amplo espectro. (AU)