Qualidade microbiológica de peixes e frutos do mar comercializados em Botucatu, SP
Luciano, Luanne GianjoppeRall, Vera Lúcia Mores
Nas últimas duas décadas, houveum aumento na produção e no consumomundial de peixes. É estimado quea produção mundial de pescado sejaem torno de 100 milhões de tonelada/ano, sendo 70 delas destinada exclusivamenteà alimentação humana. Opescado e seus derivados têm umagrande importância na dieta de todo omundo, contribuindo com 1/4 da ofertamundial de proteína de origem animal.Pela RDC n° 12, a Agência Nacional deVigilância Sanitária (ANVISA, 2001)definiu que pescado, ovas de peixes,crustáceos e moluscos cefalópodes in natura resfriados ou congelados, não consumidos crus devem apresentaro seguinte padrão microbiológicos:ausência de Salmonella em 25g etolerância de até 10³ NMP de Estafilococoscoagulase positiva/g dealimento. Baseado nisto, este trabalhoteve como objetivo verificar se peixes efrutos do mar comercializados frescosou congelados, em supermercados epeixarias do município de Botucatu atendiam aos padrões estabelecidospela legislação brasileira, através daRDC nº 12. Foram analisadas 100amostras, sendo 65 congeladas (65%)e 35 frescas (35%). Entre as amostrascongeladas, foram 31 peixes e 34frutos do mar e entre as resfriadas, 28peixes e 7 frutos do mar. Os métodosutilizados para análise estão de acordocom o APHA (2001). Dentre as100 amostras analisadas, nenhumaapresentou contagem para presençade Estafilococos coagulase positivae 2 foram positivas para Salmonella(2%). A partir dos resultados obtidosfoi possível concluir que, apesar deaparecer em uma pequena porcentagem,a presença de Salmonella éum fator de risco para a saúde dosconsumidores. Esses alimentos nãodevem ser consumidos crus. Apesarde o congelamento ser uma boa maneirade conservação, este processonão elimina totalmente os patógenosdo alimento. (AU)