Condições de funcionamento das cozinhas de escolas estaduais de São Luís, MA
Calvet, Rodrigo MacielCordeiro, Januária RutheLima, Maria de Fátima ViegasVarão, Heloisa CardosoMuratori, Maria Christina SanchesKeller, Kelly Moura
A maioria das cozinhas de escolas públicas brasileiras não possui estrutura adequada para a manipulação higiênica dos alimentos, desde a recepção da matéria-prima, até a sua distribuição. Deste modo objetivou-se avalia as condições físicas e de funcionamento das cozinhas de 15 escolas estaduais da cidade de São Luís MA, no período de agosto a setembro de 2005. Aplicou-se um checklist para observar e avaliar as condições físicas da cozinha, limpeza e desinfecção dos equipamentos e utensílios, e as condutas das merendeiras durante o trabalho e o seu perfil sociocultural. Os resultados das variáveis qualitativas foram submetidos ao teste do Qui-Quadrado. Observou-se que 100% das escolas armazenavam os alimentos de forma inadequada; utensílios (100%) como pratos, copos e colheres eram impróprios para a utilização. AS panelas (100%) encontravam-se em com estado de conservação e armazenadas adequadamente; as cozinhas eram lavadas com detergentes e sanitizantes como água sanitária, a validade dos alimentos encontravam-se dentro do prazo. As merendeiras (100%) não apresentavam lesões na pele, porém encontravam-se com vestimentas inadequadas, jóias e adornos, não utilizavam equipamentos de proteção individual, lavavam as mãos de forma e com frequência inadequada e apresentaram o seguinte perfil sócio-cultural: 36% possuíam o ensino fundamental incompleto; 93% eram do sexo feminino; 86% tinham mais de 40 anos de idade; 82% trabalhavam nesta atividade a mais de 10 anos e 68% ão receberam trinamento em higiene alimentar no momento da contratação. Conclui-se que as cozinhas das escolas estaduais de São Luís - MA, encontravam-se sob condições físicas e estruturais inadequadas, com equipamentos e utensílios utilizados em condições inadequadas de higiene e não possuíam treinamento em boas práticas. (AU)