VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 143-146

Qualidade microbiológica de méis comercializados na região do Vale do Jaguaribe, CE

Santos, Dyego da CostaMartis, Joabis NobreMoura Neto, Luís Gomes de MouraSilva, Kelly de Fátima Nogueira Lima

Diversos autores afirmam que o mel não é um meio estéril e está susceptível à contaminação. A manipulação sem observação das normas de higiene; a umidade superior a 22%, o que ocasiona aumento na atividade de água; as más condições de beneficiamento ou armazenamento são fatores que irão favorecer o desenvolvimento de micro-organismos. Entre os meses de fevereiro a junho de 2007, foram analisadas no Laboratório de Microbiologia de Alimentos da Faculdade de Tecnologia CENTEC de Limoeiro do Norte, 19 amostras de méis comercializadas na Região do Vale do Jaguaribe-CE, coletadas em pontos que comercializam produtos apícolas, como: supermercados, farmácias, lojas de produtos apícolas e lojas de produtos naturais. O trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica e as condições higiênico-sanitárias do mel comercializado na Região em estudo. Para a determinação de Fungos e leveduras; Salmonella e Coliformes a 35°C utilizou-se o método descrito pelo APHA – Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. Das amostras analisadas, 100% apresentaram ausência de Salmonella e Coliformes a 35°C em 25g e 1g de amostra, respectivamente. Quanto aos ensaios de Bolores e leveduras, 8 amostras (42,10%) apresentaram mais de 10UFC/g, que é o padrão estabelecido pela Portaria n° 367/97 (BRASIL, 1997 A) Portaria n°451/97 (BRASIL, 1997 B). Isto nos mostra que há deficiência no controle higiênico-sanitário na produção do mel, tornando-se necessário o atendimento por parte dos produtores as normas de Boas Práticas de Fabricação desse alimento.(AU)