VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 127-132

Qualidade higiênico-sanitária da água de coco consumida na região litorânea da cidade do Rio de Janeiro

Knibel, Marcela ParanhosBarros, Ana BeatrizCustódio, Samara PintoAndrade, Raquel Nascimento deTórtora, João Carlos de Oliveira

Uma vez extraída, a água de coco (Cocos nucifera) deve ser consumida imediata, ou refrigerada, devido aos riscos da contaminação microbiana. O presente trabalho apresenta dados sobre a contaminação microbiana de água de coco comercializada na região litorânea da cidade do Rio de Janeiro. Os parâmetros microbiológicos contidos na resolução RDC 12 de 2 janeiro de 2001 (ANVISA) e, além destes, o número de microrganismos mesófilos aeróbios, bolores e leveduras e coliformes totais foram determinados. A metodologia para a análise de 90 amostras de água de coco seguiu o Standard Methods for the Microbilogical Examination of Foods da American Public health Association (APHA). A água de coco consumida no local, extraída por corte ou perfuração, apresentou coliformes a 45°C acima do limite legal em 26,6% das amostras e microrganismos mesófilos aeróbios >2,0 X 10 ufc/mL, em 40,0% das amostras. A água refrigerada por serpentina apresentou coliformes a 45°C em 50,0% das amostras e microrganismos mesófilos aeróbios >2,0 x10 ufc/mL em 40,0% das amostras. Em ambas, o número máximo de bolores e leveduras não ultrapassou 2,0 X 10³ ufc/mL. Nas amostras em embalagem tetra pak não se detectou coliformes e o número de microrganismos mesófilos situou-se entre zero e >2,0 X 10 ufc/mL e o de bolores e leveduras não ultrapassou a 1,0 X 10ufc/ml. Salmonella sp não foi detectada em nenhuma amostra. Concluiu-se que a água de coco em embalagem tetra pak apresentava a melhor qualidade microbiológica e a refrigerada pelo sistema de serpentina apresentava a maior contaminação, sugerindo falha na higienização do sistema de extração ou de refrigeração.(AU)