Comercialização de cachorro-quente: uma análise investigativa na cidade de Maringá, PR
Valentim, RosanaMonteiro, Antonio Roberto Giriboni
O comércio ambulante de alimentos vem aumentando muito nos últimos anos, principalmente nos países em desenvolvimento, sendo reconhecido como um fenômeno de grande importância econômica, nutricional e sanitária. A venda desse tipo de alimento em via pública representa um risco à saúde do comensal, pelas condições higiênico-sanitárias dos produtos comercializados. Este trabalho teve como objetivo, avaliar as condições de higiene e manipulação bem como mensurar a temperatura da água de cozimento da salsicha utilizada por ambulantes na produção de cachorro-quente, da cidade de Maringá-PR. Foram visitados 20 pontos de venda localizados na região central da cidade. Os maiores problemas identificados compreendem: os panos, utilizados para a limpeza e para secar as mãos; a origem da água utilizada e seu armazenamento; a falta de controle da temperatura dos alimentos perecíveis no ponto de venda; a proximidade com a poluição, fumaça, pombos e insetos. A maionese de origem caseira, preparada com ovos, que continua sendo utilizada por 60% dos entrevistados; a forma de distribuição desta e dos molhos em geral, que continuam sendo em dispensadores de uso repetido em todos os pontos de venda visitados; a resistência, por parte de alguns vendedores, ao uso de anti-sépticos e a baixa participação em cursos de manipulação e higiene de alimentos. Todos esses aspectos são desfavoráveis à legislação vigente, que regulariza e disciplina o comércio ambulante na cidade. Diante das afirmações encontradas nesta pesquisa, recomenda-se um investimento maior em educação e infra-estrutura para estes vendedores, melhorando com isso, a qualidade higiênico-sanitária do cachorro-quente.(AU)