Contaminação mercurial em siris e caranguejos da Baía de Guanabara, Rio de Janeiro
Wakasa, Yeda SanaeMársico, Eliane TeixeiraSão Clemente, Sérgio Carmona de
Com objetivo de contribuir com os dados relacionados à contaminação mercurial em siris (Callinectes danae) e caranguejos (Ucides cordatus), avaliou-se o grau de assimilação deste contaminante químico em exemplares capturados na Praia da Luz, município de São Gonçalo RJ e no mangue do Jardim Gramacho, município de Duque de Caxias-RJ, respectivamente. A justificativa deste estudo foi amparada na carência de estudo nestas espécies e na sua crescente utilização na alimentação humana. Foram analisados 77 exemplares de siris e 78 de caranguejos que, após captura, foram submetidos á cozimento, escarnados e mantidos sob congelamento a -25ºC até o procedimento analítico. Para determinação do mercúrio, utilizou-se o analisador BACHARACH COLEMAN, Modelo MAS-50B, que emprega o princípio da absorção atômica por arraste de vapor a frio. Para a digestão das amostras, seguiu-se a técnica descrita por Deitz et al. (1973), com pequenas modificações. O teor médio de Hg total, observado para as amostras de siris, foi de 0,024± 0,012p.p.m. e, para caranguejos, de 0,017 ± 0,012p.p.m. Não foi constatada diferença estatisticamente significativa (P>0,05) entre as duas espécies ao nível de 5 por cento de significância. Aplicando-se o coeficiente de correlação de Pearson, aos dados referentes a peso da musculatura / concentração Hg e largura da carapaça / concentração de Hg, não foi evidenciada correlação linear significativa (r = -0,304 para caranguejo e r = 0,188 para siri), entre estas variáveis, para ambas as espécies.(AU)