Escherichia coli O157: isolamento e identificação em amostras de fezes suínas oriundas de matadouro-frigorífico
Franco, Robson MaiaOliveira, Luiz Antônio Trindade deCarvalho, José Carlos Albuquerque do Prado
A suinocultura destaca-se nos setores da economia, gerando recursos financeiros desde a criação zootécnica à comercialização dos produtos oriundos do abate. Entretanto, as fezes suínas podem conter Escherichia coli 0157, e outros resíduos agroindustriais não tratados, de importância epidemiológica, contaminando solo, lençol freático, equipamentos e instalações, disseminando microrganismo principalmente na utilização de fezes suínas, não tratadas pelo processo de biodigestão, na agricultura orgânica. Procedeu-se à técnica Merck (1996) para isolamento e diferenciação das cepas EHEC e Escherichia coli 0157 :H7. Para a identificação bioquímica e sorologia, seguiu-se Toledo, et al., 1982 a,b; Drieg & Holt, 1984 & Ewing, 1986, respectivamente. Aplicaram-se técnicas genéticas de reação de polimerase em cadeia (PCR), segundo China et al., 1996 e Paton & Paton, 1998, para PCR1, PCR2 correspondentemente. Das 20 amostras pesquisadas, uma amostra (5 por cento) apresentou Escherichia coli 0157:H7. Faz-se necessária a aplicação de monitoramento para certificar-se que atividades agropecuárias e industriais não representem riscos à produção de alimentos seguros, tão necessários aos mundo moderno, e que, através do desenvolvimento sustentável, promovam a manutenção da biodiversidade bacteriana própria de cada nicho ecológico. Cabe aos órgãos fiscalizados e a comunidade científica, implementar programas visando erradicar ou minimizar a presença deste microrganismo na cadeia alimentar, evitando-se o risco de prejuízos à saúde pública pela ingestão acidental desta bactéria.(AU)