VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 101-104

Incidência de aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 em doces de amendoim e amendoim in natura comercializados no Estado do Paraná

Eizendeher, Leonir BittencourtFreitas, Renato João Sossela deCançado, Rupérsio Alvares

Foram realizadas dosagens de aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 em 44 amostras, sendo 38 de doces de amendoim e seis de amendoim in natura. As amostras foram coletadas durante o ano de 2002 pela Vigilância Sanitária nos 21 distritos sanitários do Paraná. A metodologia empregada nas análises dos produtos foi a referida em BRASIL, 2000 (PRADO et al 1993, MODIFICADO), e a quantificação por cromatografia em camada delgada através de comparação visual com padrões com concentrações conhecidas. Os resultados revelaram que 73,68 por cento das amostras de doces de amendoim estavam contaminadas com aflatoxinas numa faixa de 25,95 a 350,02 mg/kg para soma de B1 e G1 e, destas, 36,84 por cento ultrapassaram o limite de 30 mg/kg estabelecido pela Resolução nº 34/76/CNNPA ( Comissão Nacional de Normas e Padrões de Alimentos) do Ministério da Saúde e 15,79 por cento ultrapassaram o limite de 20 mg/kg para a soma de B1, B2, G1 E G2 estabelecido pela Resolução nº 274 / ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em vigor a partir de 15 de outubro de 2002. Das amostras de doce de amendoim analisadas, 26,31 por cento apresentaram contaminação por aflatoxina G1 com valores variando de 15,98 a 127,87 mg/kg. Das seis amostras de amendoim in natura, 16,67 por cento estavam contaminadas com 3420,84 mg/kg calculadas pela soma das aflatoxinas B1, B2, G1 e G2. Os resultados sugerem que grande parte dos doces de amendoim e do amendoim in natura comercializada no Paraná está contaminada com aflatoxinas e esses produtos de má qualidade poderiam expor os consumidores à ingestão de altos níveis dessas micotoxinas.(AU)