VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 133-143

Resistograma e fenotipagem de Staphylococcus aureus, isolado de manipuladores de alimentos

Azevedo, Ângela PalaminVerri, Maraisa PalhãoAzevedo, Rosa Vitória Palamin

As DVAs, causadas pela ingestão de alimentos contaminados e/ou toxinas, constituem importante problema sanitário. O uso abusivo e indiscriminado, de agentes antimicrobianos, precisa de medidas de controle urgentes, para reduzir a pressão seletiva, no surgimento e manutenção de cepas resistentes. A avaliação da sensibilidade, in vitro, a antibióticos (antibiograma) e anti-sépticos / desinfetantes (técnica do poço), de 62 cepas de S. aureus, isoladas de 35 manipuladores de alimentos, portadores exclusivos ou simultâneos, demonstrou que a maioria era resistente aos lactâmico penicilina e ampicilina (87,1 por cento), com menor percentual para tetraciclina (22, 6 por cento) e eritromicina (16,1 por cento). S. aureus de fossas nasais e saliva eram mais resistentes do que os de mão esquerda e direita; com perfil diferente para isolados dos diferentes nichos, constituindo 6 modelos de antibiograma (antibióticotipos). Foram detectadas cepas de origem extra-hospitalar (44 / 71,0 por cento) e do tipo epidêmico-hospitalar (18 / 29,0 por cento), resistentes a três ou mais antibióticos, ambos os grupos com três antibióticotipos diferentes, caracterizando portadores de S.aureus de um ou múltiplos de fenótipos, ou seja, possivelmente de origem endógena e/ou exógena. Quanto ao comportamento frente anti-sépticos / desinfetantes, constatou-se diversidade no perfil de sensibilidade frente agentes químicos com princípios ativos e/ou de fornecedores diferentes, indicando a necessidade de critérios para que se escolha um sanitizante, que cause menor risco à saúde humana e atinja os objetivos propostos, eliminação de patógenos e diminuição de saprófitas e deteriorantes.(AU)