VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 20-32

Alimentos fortificados e a dieta na infância

Lanzillotti, Haydée SerrãoMaia, Gabriela SoaresLanzillotti, Regina SerrãoGidra, Rafael Augusto

A fortificação de alimentos é considerada o acesso de melhor custo-beneficio, a longo prazo, na redução da prevalência de deficiência de ferro. Neste sentido, o trabalho propôs-se a predizer o nível de absorção de ferro em alimentos fortificados com este nutriente na presença de cálcio; comparar a quantidade de ferro no leite materno, com as declaradas nos rótulos de leites fortificados e fórmulas infantis e verificar se na composição nutricional destes produtos existe risco latente de retardo do crescimento, pela competitividade Ferro: Zinco. Foram coletados no mercado rótulos de alimentos com declaração dos teores de ferro, cálcio e zinco. A predição do nível de absorção de ferro nos alimentos fortificados valeu-se de dois algoritmos, o de Hallberg e Hulthén e o de Monsen. Partindo do pressuposto que o ferro do leite materno, apesar da pequena quantidade (0,5mg em 100ml) é de alta biodisponibilidade, comparou-se sua composição em ferro com a dos leites fortificados e fórmulas infantis. A influência do ferro sobre a absorção do zinco foi verificada através da relação molar FE/ZN (ponto de corte Fe/Zn >6). O nível de absorção destes alimentos fortificados na presença de cálcio é de 41 por cento, sendo classificados em sua maioria como de média biodisponibilidade. As quantidades de ferro existentes no leite fortificado e nas fórmulas infantis estudados estão muito além do encontrado no leite materno e se afastam de forma expressiva dos parâmetros DRIs para a faixa etária de 0 a 6 meses. A composição centesimal dos produtos revelou a não existência de risco, à exceção do leite semi-desnatado e fortificado com cálcio.(AU)