VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 103-109

Contagem e sensibilidade antimicrobiana de cepas de Staphylococcus spp, isoladas de carnes bovinas e suínas comercializadas na feira-livre e no mercado público do município do Cabo de Santo Agostinho, PE

Lopes, Carlos Magno MarquesCardoso, Maria da Conceição SilvaFreitas, Manuela Figueiroa Lyra de

O presente trabalho teve como objetivos comparar os níveis de contaminação por Staphylococcus spp. isolados de amostras de carne bovina e suína in natura comercializadas na feira livre e no mercado público do município do Cabo de Santo Agostinho/PE, ³avaliar as condições higiênico-sanitárias desses locais e realizar testes de sensibilidade antimicrobiana in vitro das cepas isoladas. As amostras foram conduzidas ao Laboratório de Bacterioses da Universidade Federal Rural de Pernambuco, onde foram submetidas à contagem a identificação de Staphylococcus aureus e teste de sensibilidade antimicrobiana. As condições higiênico-sanitárias das barracas de comercialização foram avaliadas mediante aplicação de roteiro de inspeção sanitária. As quatro amostras de carne bovina moída apresentaram S. aureus com contagens variando de 105 a 106 UFC/g. das seis amostras de carne suína, quatro apresentaram S. aureus com contagens de 10³ a 105 UFC/g e nas outras duas amostras detectou-se Staphylococcus spp. com 106 UFC/g. Quanto às condições higiêncio-sanitárias, verificou-se que o mercado público apresenta estrutura física mais adequada às atividades e que a exposição de carnes sob temperatura ambiente, manipulação anti-higiênica e a origem clandestina, foram os principais pontos críticos identificados nos dois estabelecimentos estudados. Com relação á sensibilidade antimicrobiana, os antibióticos mais eficazes frente às cepas de Staphylococcus spp. isoladas de carne bovina e suína in natura foram a gentamicina e a oxacilina. Constatou-se a partir deste estudo, contagens de S. aureus acima dos parâmetros vigentes e a presença de cepas resistentes aos antimicrobianos, podendo estes alimentos oferecer riscos à saúde do consumidor. Desta forma, deve haver uma maior orientação aos comerciantes e ações integradas de fiscalização dos órgãos competentes, em relação ao abate clandestino e à comercialização destas carnes.(AU)