Avaliação microbiológica do caldo de cana comercializado em Vitória, Espírito Santo, Brasil
Kitoko, Pedro MakumbunduOliveira, Antônio Carlos deSilva, Maria de LourdesLourenção, MarcelaAguiar, Elizete Ferreira
Foi avaliada a qualidade microbiológica de amostras do caldo de cana, coletadas em 50 estabelecimentos comerciais de Vitória, no período de novembro a dezembro de 2000. Em 50 por cento dos postos sorteados procedeu-se também à análise do gelo usado para o resfriamento da bebida. Nas análises microbiológicas foram quantificados os seguintes microorganismos: coliformes fecais, Salmonella sp, bolores e leveduras, conforme legislação vigente no momento da coleta de material. As análises foram desenvolvidas segundo metodologia preconizada pela American Public Health Association - APHA. A salmonella sp esteve ausente em todas as amostras, mas a contaminação do produto de interesse por outros microorganismos pesquisados foi elevada, com o Número Mais Provável (NMP) de coliformes fecais variando de 4,3 x 10/ml a 2,4 x 10 / ml, enquanto que a contagem de bolores e leveduras, variou de 1,6 x 105 a 7,6 x 106 UFC/ml. A contaminação por coliformes fecais foi realtivamente baixa no gelo, sugerindo reduzida contribuição deste na contaminação global do refresco consumido. Esses resultados demonstram que a qualidade microbiológica das amostras estudadas é insatisfatória, evidenciando existência de condições higiênico-sanitárias deficientes no processo de obtenção do caldo de cana comercializado. Os vendedores de caldo de cana de Vitória necessitam, portanto, de uma orientação para melhorar a qualidade microbiológica do produto posto a venda, buscando assim proteger o consumidor.(AU)