Tecnologias transgênicas na cultura do algodoeiro no Brasil: revisão
Raphael, Juan Piero Antonio
A cultura do algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) tem sofrido importantes modificações nos últimos anos no Brasil devido à introdução em larga de escala de recursos provenientes de biotecnologia. Neste trabalho é apresentada uma revisão geral sobre os princípios técnicos e o status atual relacionados a eventos transgênicos desenvolvidos para o algodoeiro. A utilização de algodoeiro transgênico, que contém genes isolados de outras espécies, tem sido cada vez mais frequente, ocupando mais de 80% das áreas destinadas à cultura no Brasil no ano de 2017. O desenvolvimento de variedades transgênicas é um processo demorado e de custo elevado, e está concentrado em poucos grupos detentores. Entre produtos comercialmente disponíveis aos produtores incluem-se gerações atuais de protoxinas Bt isoladas de Bacillus thuringiensis (proteínas Cry e Vip) para controle de insetos lepidópteros e genes que conferem tolerância aos herbicidas glifosato (cp4epsps e 2mepsps) e glufosinato de amônio (pat e bar). Eventos de tolerância aos herbicidas 2,4-D e dicamba, embora já tenham sido desenvolvidos, necessitam de autorizações regulatórias no Brasil e devem estar disponíveis para comercialização nos próximos anos. A combinação de diversos produtos transgênicos em um mesmo genótipo (produtos piramidados) é uma tendência crescente para os próximos cultivares a serem lançados. Mais recentemente, foram realizados estudos promissores envolvendo transgenia para obtenção de resistência a doenças, tolerância a estresses abióticos e melhorias em propriedades da fibra e da semente, os quais podem resultar no fornecimento de novos eventos futuramente.(AU)
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