Auto-hemoterapia em acupontos no tratamento de tumor venéreo transmissível (TVT) de cadela errante
Brito, Areane SilvaLira Júnior, Arnaldo César de Oliveira GomesMatos, Claudijane de CarvalhoSilva, Leilia Andrea Santos daLeite, Manara Alves da SilvaEscodro, Pierre BarnabéNotomi, Márcia Kikuyo
Muitos cães são acometidos com o tumor venéreo transmissível (TVT) geralmente através de contato sexual. É uma neoplasia contagiosa, que causa lesão na mucosa genital e oral, não apresentando predisposição por sexo ou raça. Uma cadela da Raça Pitbull, de aproximadamente 3 anos, foi recolhida das ruas de Viçosa-AL pelo Grupo de Estudo de Pequenos Animais-GRUPET, apre- sentando-se no terço final de gestação, dispneica, com escore corporal baixo, região vaginal edemaciada e com exposição de mucosa genital. Após consulta prévia e realização de citologia, a cadela foi diagnosticada. Após equilíbrio hemodinâmico da paciente e exame ultrassonográfico, optou-se pela cesariana para então iniciar o tratamento de eleição para TVT com Sulfato de Vincristina endovenosa. Porém, devido às más condições de saúde, foi sugerido um trata- mento alternativo com auto-hemoterapia em pontos de acupuntura (SG-AP), com periodicidade semanal. O tumor era de 15 cm de comprimento com largura não mensurada. Foi colhido quatro ml de sangue pela veia cefálica, e distribuí- dos da seguinte forma nos pontos de acupuntura: 0,5 ml em Bexiga (B) 60, 0,5 ml em VG1 (Ho Hai), 1 ml em B23, 1 ml no ponto da imunidade e 1 ml em B40. Com uma semana após a primeira sessão, o tumor já havia regredido para 13 cm. Foi feito o mesmo procedimento na segunda sessão e após a terceira sessão o tratamento foi interrompido, mesmo com o tumor tendo diminuído para 11 cm, devido ao animal apresentar expressivo sangramento vaginal. Apesar da interrupção do tratamento, foi visto que SG-AP regrediu significativamente a massa do TVT no caso clínico descrito, necessitando-se mais pesquisas para comprovação de sua efetividade e indicação na rotina clínica.(AU)
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