Alelo DMRT3 mutante em equinos de marcha batida e picada das raças Campolina e Mangalarga Marchador
Manso Filho, Hélio CordeiroCothran, Ernst GusJuras, RytisGomes Filho, Manuel AdriãoSilva, Núbia Michelle VieiraSilva, Gisele Barbosa daFerreira, Lúcia Maia CavalcantiAbreu, José Mário GirãoManso, Helena Emília Cavalcanti da Costa Cordeiro
Recentemente, diferentes publicações demonstraram que o alelo DMRT3 esta associado aos importantes aspectos da locomoção relacionados com a associações entre bípedes e por isso é denominado the Gait Keeper. Ele, quando mutante, promove os andamentos dissociados, sejam eles marchados ou saltados. Todavia, as comparações entre os tipos de marcha e as raças Campolina (CAMP) e Mangalarga Marchador (MM) no que se refere à presença desse alelo mutante não foram estudadas. Esse trabalho objetivou o estudo da presença do alelo DMRT3 mutante em equinos de marcha batida e picada das raças Campolina e Mangalarga Marchador. Foram utilizadas amostras de DNA de 105 equinos adultos (50 CAMP (batida n=27; picada n=25); 53 MM (batida n=27; picada n=26). O material genético o foi sequenciado utilizando-se protocolos do Borlaug Center através Illumina Hi-Seq 100-PE e os resultados foram analisados através da distribuição da frequência desse gene entre as raças e entre os andamentos. As raças Campolina (CAMP) e Mangalarga Marchador (MM) possuem o DMRT3 mutante. Na CAMP não encontrou-se o alelo DMRT3 normal homozigoto, tanto na picada como na batida. Ainda na CAMP, a maior frequência no DMRT3 mutante homozigoto ocorreu tanto na picada (~44%) como na batida (~26%). Na raça MM não encontrou-se o alelo mutante em homozigose nos animais de marcha batida. As maiores frequências na MM de batida foi no alelo DMRT3 normal homozigoto (~43%) e na picada no alelo mutante em homozigose (~32%). Esse estudo indica que o alelo DMRT3 mutante encontra-se nas raças CAMP e MM e que a frequência dele tem relação não só com a raça, mas também com o tipo do andamento. Por isso, surge a necessidade de estudos mais detalhados para se determinar o possível uso da análise do alelo DMRT3,normal e mutante, como ferramenta dentro dos programas de melhoramento genético e de treinamento para que possam ser utilizados nos equinos marchadores.(AU)
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