Estudo prospectivo de leptospirose e brucelose em cães de um canil do município de Lavras, Minas Gerais, Brasil
Costa, Anna Cecília Trolesi Reis BorgesFerreira, Amanda Carvalho RosadoCosta, Dirceia Aparecida CustódioColocho, Raisa Abreu Bragança eLopes, JosyaneSouza, Kelly Cristina deAlvez, Susana Mantuani ReisPinho, Gabrielle Zink deSilva, Yasmim Domingos daBrito, Gustavo Ferreira deFerreira, Blenda Araujo MartinsOliveira, Erika AparecidaChaves, Marília Gabriela DiasMelo, Sérgio Novais deSouza, Ana Beatriz BarionPereira, Carine RodriguesHirsch, ChristianRodrigues, Rogério OliveiraHeinemann, Marcos BryanLage, Andrey PereiraSanchez, JavierDorneles, Elaine Maria Seles
RESUMO: O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e a incidência da leptospirose e da brucelose canina em um abrigo chamado Parque Francisco de Assis, em Lavras, Minas Gerais, Brasil, bem como os fatores de risco potencialmente associados a ambas as doenças. Amostras de sangue, urina e soro de todos os animais foram coletadas em 2019 (n = 329) e 2020 (n = 325 dogs). DNA de Leptospira spp. (urina) e Brucella spp. (urina e sangue) foram pesquisados por PCR, enquanto o teste de microaglutinação (MAT) e o ensaio de imunodifusão em gel de ágar (AGID) foram realizados para identificar anticorpos anti-Leptospira spp. e anti-Brucella spp., respectivamente. Os resultados não mostraram cães positivos na PCR para Leptospira spp.; entretanto, foi encontrada uma soroincidência de 9,24% considerando os resultados do MAT, sendo Canicola e Autumnalis os sorogrupos mais comuns. A incidência de Brucella spp. nos animais PCR positivos nos seis meses foi de 5,62% na urina e 11,23% nas amostras de sangue, enquanto a AGID apresentou soroincidência de 11,74% no período. No geral, nossos resultados demonstraram a circulação de Leptospira spp. e Brucella spp. entre os cães do Parque Francisco de Assis, Lavras, Minas Gerais, Brasil, sendo o aumento de peso (1.10, 95%CI 1.00-1.21) e a neutropenia (3.29, 95%CI 1.60-6.77) os fatores de risco associados à ocorrência de leptospirose e brucelose, respectivamente. Portanto, foi identificada brucelose nos cães do Parque Francisco de Assis, e a presença de anticorpos contra Leptospira spp. sugerindo contato dos cães com o patógeno, o que representa assim um risco para os demais animais e para os seres humanos em contato próximo com os cães positivos.
Texto completo