Uso da elastografia (Impulso de força de radiação acústica) para correlacionar os efeitos de idade, peso, sexo e ângulo de Norberg no músculo pectíneo de cães displásicos
Leitão, Juliana RodriguesMinto, Bruno WatanabeTavares, Angélica Barreto LeiteDias, Luís Gustavo GosuenFeliciano, Marcus Antônio RossiRossignoli, Pedro PauloMaronezi, Marjury CristinaUscategui, Ricardo Andres Ramirez
RESUMO: Inspirados na possibilidade de melhorar o entendimento sobre o papel do musculo pectíneo na fisiopatologia da displasia coxofemoral e de inclusão do exame elastográfico no rol de ferramentas diagnósticas para esta condição, objetivou-se avaliar a correlação existente entre o ângulo de Norberg, peso, sexo e idade com os achados elastográficos ARFI do músculo pectíneo de cães displásicos, por meio da análise quantitativa pela velocidade de cisalhamento. Foram selecionados 31 cães com diagnóstico radiográfico de displasia coxofemoral, com peso médio de 32,9 ± 8,8kg e idade 4,3 ± 1,5 anos. Os cães foram submetidos à ultrassonografia modo B e à elastografia ARFI (AcousticRadiation Force Impulse) dos músculos pectíneos, bilateralmente. O valor médio da velocidade de cisalhamento foi 3,5 ± 1,0m/s, o qual apresentou correlação positiva com o grau de displasia (P = 0,0065; r = 0,34) e com a idade (P = 0,0197; r = 0,30). Houve correlação negativa com o ângulo de Norberg (P = 0,0197; r = 0,30), e não houve relação com o peso corporal (P = 0,7435; r =0 ,04). Foi maior (P = 0,0050) em fêmeas (3,9 ± 1,1m/s) em comparação aos machos (3,2 ± 0,8m/s). As variáveis idade e grau de displasia coxofemoral contribuíram para a rigidez do músculo pectíneo em cães displásicos. O músculo pectíneo foi significativamente mais rígido em fêmeas do que em machos. O peso corporal não demonstrou associação com a rigidez do músculo pectíneo no exame de elastografia ARFI. O exame de elastografia ARFI mostra-se factível na identificação de alterações do músculo pectíneo de cães, os quais podem ser correlacionados com as variáveis estudadas.
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