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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Hidratação intracecal em equinos adultos e uso de maltodextrina como fonte energética em soluções eletrolíticas enterais

Souza, Maria Carolina Neves deCarvalho, Brenda Ventura LopesMoreira, Nadyne SouzaMarlière, Júlia ParisiMota, João Victor MesquitaAvanza, Marcel Ferreira BastosSilva, José Ricardo BarbozaTeixeira, Pedro Paulo MaiaMonteiro, Bruno MouraViana, Rinaldo BatistaToribio, RamiroRibeiro Filho, José Dantas

RESUMO: Este estudo avaliou parâmetros clínicos e laboratoriais de equinos tratados com duas diferentes soluções eletrolíticas enterais administradas por via intracecal. Seis cavalos saudáveis foram submetidos a dois diferentes tratamentos em um estudo crossover: soluções eletrolíticas enterais contendo maltodextrina (EESmalto) ou não (EESo) como fonte de energia. Em ambos tratamentos, a hidratação por via intracecal foi realizada na taxa de 10 mL kg-1 h-1 por 12 horas. As avaliações clínicas e laboratoriais foram realizadas nos seguintes momentos: T-24h, T0h; T4h, T8h, T12h e T24h. Os seguintes parâmetros foram avaliados: frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura retal, cor e umidade das mucosas, tempo de enchimento capilar, motilidade intestinal, circunferência abdominal, hematócrito, fibrinogênio e proteína total, ureia e creatinina, gravidade específica da urina e fezes umidade. Os achados clínicos e laboratoriais significativos foram, respectivamente, o aumento da circunferência abdominal e o amolecimento das fezes; e a diminuição da concentração sérica de ureia, da densidade urinária e da concentração de creatinina urinária ao longo da hidratação intracecal. Esse desfecho não foi associado a nenhum efeito adverso. Assim, podemos concluir que a hidratação por via intracecal é uma via de exceção segura e eficaz para administração de soluções enterais, e a adição de 5 gramas de maltodextrina na solução eletrolítica é segura e não causa efeito adverso. Além disso, o potencial da hidratação intracecal para aumentar a umidade das fezes pode apontar novas perspectivas para o uso desta terapia.

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