Uso de máscaras descartáveis contra Staphylococcus aureus na indústria de abate de frangos
Manfio, AdrianoBampi, JaineRigo, DianeSteffens, JulianaSoares, Mónica Beatriz AlvaradoValduga, EuniceJunges, AlexanderSteffens, ClariceZeni, JamileBackes, Geciane ToniazzoCansian, Rogério Luis
O presente estudo avaliou a eficácia do uso de máscaras descartáveis na mitigação da propagação de Staphylococcus aureus durante o processo de corte de frango em um grande abatedouro de aves. Foi realizada a identificação de portadores de S. aureus e influência do tempo de uso de máscaras descartáveis. A contaminação em utensílios e equipamentos por S. aureus e produtos por aeróbios mesófilos foi determinada, com e sem uso de máscaras. A eficiência de diferentes máscaras comerciais foi avaliada contra S. aureus em condições simuladas. Os resultados revelaram que 36% dos trabalhadores das linhas de processamento no frigorífico eram portadores de S. aureus. Foi observado aumento na contagem de S. aureus em máscaras usadas pelos funcionários até 3 horas. A transferência de carga microbiana para utensílios foi potencializada na ausência da máscara e com o passar do tempo. Os filés de peito avaliados não apresentaram diferença na contagem de bactérias mesófilas com e sem o uso de máscaras pelos funcionários, por outro lado, os cortes de coxa e sobrecoxa, filé de coxa e sobrecoxa e asas apresentaram diferença significativa com contagens médias inferiores a 2,96 Log de UFC/g. Testes de condições simuladas demonstraram a eficácia das máscaras comerciais na retenção de microrganismos. A máscara teste utilizada pelo frigorífico mostrou-se ineficiente, permitindo a passagem de pulverizações contendo S. aureus, a 6, 15 e 25 cm, com 2,53, 1,74 e 0,66 Log UFC/placa, respectivamente. Essa máscara saturava, criando um efeito barreira que aumentava a contaminação na área de trabalho dos funcionários.
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