Potente atividade antiviral in vitro do extrato de Echinacea angustifólia contra o herpesvírus bovino tipo 1
Gressler, Renata PierobomRodrigues, Paulo Ricardo CentenoFonseca, Renata Nobre daFischer, GefersonLima, Marcelo deHübner, Silvia de Oliveira
Echinacea angustifolia é uma planta perene que vem sendo utilizada para tratar diversas enfermidades de origem microbiana. Neste estudo foram avaliadas propriedades antivirais, in vitro, de um extrato etanólico de E. angustifolia frente ao alphaherpesvírus bovino 1 (BoHV-1). BoHV-1 causa enfermidades que afetam principalmente o trato respiratório e genital de bovinos, e que resultam em grandes perdas econômicas. Quando células foram tratadas com o extrato de E. angustifolia em concentração não citotóxica em diferentes tempos (3, 6, ou 24h) antes da inoculação do BoHV-1, não foi possível detectar o vírus por até 72 horas após, enquanto que nas células não tratadas o vírus alcançou o título de 105.5TCID50/25µl (média). A incubação do extrato com BoHV-1 24 horas antes da inoculação celular não resultou em inativação da infectividade viral. Células infectadas com 103 TCID50 de BoHV-1 não tratadas com E. angustifolia apresentaram em média 45,8% de viabilidade após 48 horas da infecção, enquanto que 91,1% permaneceram viáveis quando tratadas após 6 horas ou 84,1% após 24 horas da infecção, demonstrando uma significativa redução no desenvolvimento de efeito citopático. Além disso, E. angustifolia reduziu significativamente a expressão relativa de mRNA das citocinas antivirais IFNα e IFNß nas células tratadas, sugerindo que a atividade antiviral não ocorre devido a imunomodulação. E. angustifolia reduziu significativamente a expressão relativa de mRNA das citocinas antivirais IFNα e IFNß nas células tratadas, indicando que a atividade antiviral não ocorre devido a imunomodulação. Os dados obtidos indicam que o extrato etanólico da E. angustifolia pode interferir com a adsorção, penetração e/ou o egresso viral das células infectadas. Tomados em conjunto, os dados apresentados enfatizam uma promissora atividade antiviral da E. angustifolia contra o BoHV-1.
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