Higroscopicidade de filmes de pectina-própolis: isotermas de sorção e propriedades termodinâmicas
Veras, July Maendra LopesPlácido, Geovana RochaRomani, Viviane PatríciaAlves, Jordana dos SantosSousa, Tainara Leal deCélia, Juliana AparecidaOliveira, Daniel Emanuel Cabral deMonteiro, Liliane Baldoino
Materiais de base biológica provenientes de proteínas, polissacarídeos e lipídios têm sido estudados como alternativas biodegradáveis aos plásticos sintéticos, bem como matrizes para incorporação de substâncias bioativas. Neste contexto, a pectina é um polissacarídeo utilizado para produzir filmes flexíveis para embalagens de alimentos. A própolis é uma mistura complexa de substâncias resinosas com propriedades antimicrobianas e outras propriedades biológicas que podem ser usadas para produzir embalagens ativas para alimentos. Contudo, a aplicação de tais materiais ainda está limitada devido à sua natureza hidrofílica. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar experimentalmente as isotermas de sorção e o calor isotérmico de sorção de filmes de pectina-própolis nas temperaturas de 15, 25, 30 e 35 °C, e determinar o modelo matemático que melhor se ajusta aos dados experimentais obtidos. A pectina foi extraída do mesocarpo do pequi, fruta amplamente consumida no bioma cerrado brasileiro que gera grande quantidade de cascas (exocarpo e mesocarpo) descartadas. Dentre os modelos matemáticos estudados, o modelo Sigma Copace foi o que melhor representa o comportamento higroscópico dos filmes de pectina-própolis. O calor isotérmico de sorção diminuiu com o aumento do teor de água, os filmes apresentaram comportamento semelhante aos produtos agrícolas. A compreensão do comportamento deste filme contribui na aplicação de filmes de pectina-própolis produzidos utilizando mesocarpo de pequi como fonte de pectina.
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