Cápsulas biodegradáveis podem ampliar a germinação de sementes de espécies florestais do Cerrado
Lopes, KarineMachado, Deivid LopesSilva, Normandes Matos daGuilherme, Frederico Augusto Guimarães
Entender aspectos da germinação de sementes de espécies nativas do Cerrado pode auxiliar na escolha de espécies a serem utilizadas na restauração de ecossistemas degradados. Portanto, o estudo teve como objetivo verificar o efeito de cápsulas biodegradáveis na germinação de sementes de três espécies arbóreas típicas de fisionomias florestais do Cerrado (Enterolobium contortisiliquum, Anadenanthera colubrina e Dipteryx alata). O experimento foi conduzido em casa de vegetação, com dois tratamentos: semeadura no interior de cápsulas biodegradáveis e semeadura direta na superfície do substrato. Duas sementes de cada espécie foram utilizadas por tratamento, as quais foram acomodadas em sacos plásticos com substrato arenoso oriundo da classe Neossolo Quartzarênico. Para cada tratamento, foram utilizados cinco blocos (repetições), com 20 sacos plásticos cada. A casa de vegetação teve condições controladas de temperatura e umidade relativa. Dentro das cápsulas, os resultados mostraram que as sementes de baru, angico-branco e tamboril apresentaram germinação de 97%, 42% e 12%, respectivamente. Por outro lado, na semeadura direta, a germinação foi de 15% para baru, 21% para angico-branco e 8% para tamboril. Os resultados indicam que o uso de cápsulas biodegradáveis favorece a germinação das espécies do Cerrado estudadas. Assim, tanto a utilização das cápsulas quanto as espécies elencadas são recomendadas em projetos de restauração ecológica.
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