Um novo modelo visando ao ensino e pesquisa da radiologia torácica em cadáveres de cães quimicamente preparados
Kihara, Mariana TiaiZero, Rafael ChiareloQueiroz, Andréa Barros Piazzon de SouzaToscano, Cauê PereiraJarrouge, Daniel HerreiraRocha, Thiago André Salvitti de SáOliveira, Fabrício Singaretti de
Nos dias atuais, métodos alternativos e que não utilizem o formaldeído para conservação de cadáveres devem ser empregados, devido à toxicidade desse agente. Modelos sintéticos são opção de treinamento para o ensino, mas geralmente o preço inviabiliza seu uso na maioria dos países subdesenvolvidos. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um modelo visando ao ensino e pesquisa da radiologia torácica em cadáveres de cães quimicamente preparados. Foram simulados megaesôfago, efusão pleural, pneumotórax e broncografia, além de insuflação pulmonar, em 32 cadáveres de cães, que receberam 150 mL/kg de solução de álcool etílico puro com 5% de glicerina seguido de injeção de 120 mL/kg de solução contendo 20% de cloreto de sódio, 1% de nitrito de sódio e 1% de nitrato de sódio, mantidos sob refrigeração entre 2 e 6 graus, por 30, 60, 90 ou 120 dias (G30, G60, G90, G120). Não houve contaminação, odor pútrido ou enfisema subcutâneo. A insuflação pulmonar foi mantida, e a cor e a consistência foram semelhantes a um cadáver fresco após 120 dias de conservação. Em todos os grupos foi possível realizar os procedimentos radiográficos e quase todas afecções puderam ser grandemente mimetizadas. O megaesôfago e a broncografia foram facilmente simuladas. O pneumotórax foi a afecção mais difícil de ser simulada principalmente nos cadáveres com um pouco de líquido na cavidade torácica. A solução alcoólica e de sal de cura são uma alternativa de embalsamamento com baixo custo financeiro e ambiental e comprovadamente conservam cadáveres.
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