Anticorpos anti-Brucella spp. em equídeos de tração em uma região semiárida do Nordeste do Brasil
Costa, Paulo Wbiratan Lopes daOliveira, Clarisse Silva de MenezesSantos, Antonielson dosAlvares, Felipe Boniedj VenturaFeitosa, Thais FerreiraVilela, Vinícius Longo Ribeiro
O objetivo do presente estudo foi descrever a prevalência e os fatores associados à infecção por Brucellaspp. em equídeos de trabalho na região semiárida do Nordeste do Brasil. Amostras de sangue foram coletadas de 322 equídeos (76 equinos, 155 muares e 91 asininos). O teste de placa Rosa Bengala (RBPT) foi usado como método de triagem. As amostras que foram reativas no RBPT foram enviadas para confirmação usando 2-mercaptoetanol (2-ME) e o teste padrão de aglutinação em tubo (STAT). Ao todo, 7,1% (23/322) das amostras foram positivas segundo o RBPT. Após testes confirmatórios, a prevalência de brucelose foi de 6,5% (21/322). Destes casos, 33,3% (7/21) foram equinos, 42,8% (9/21) muares e 23,9% (5/21) asininos. Na análise multivariada, idade acima de 10 anos foi considerada fator associado à infecção (OR: 17,17; 95% CI: 2,582-164,7, P = 0.006) por Brucellas pp. A prevalência significativa de anticorpos anti-Brucella spp. encontrados em equídeos de trabalho e a ampla distribuição de animais positivos demonstra uma situação epidemiológica preocupante em relação à brucelose na região de estudo. A idade superior a 10 anos foi um fator de risco associado à infecção em animais.
Texto completo