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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Toxicidade de inseticidas utilizados na cultura do arroz sobre o parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em condições de campo

Rakes, MatheusPasini, Rafael AntonioMorais, Maíra ChagasAraújo, Mikael BolkeMalaquias, José BrunoBernardi, DanielGrützmacher, Anderson Dionei

RESUMO: Avaliamos em condições de campo a toxicidade de inseticidas previamente identificados como nocivos em bioensaios de laboratório e semicampo sobre o parasitóide Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae). Os experimentos foram conduzidos durante as safras 2019/20 e 2020/21 em lavouras de arroz. Seguindo as recomendações da International Organization for Biological and Integrated Control (IOBC), quatro inseticidas foram aplicados em parcelas experimentais de 64 m2. Posteriormente, realizou-se uma liberação inundativa de T. pretiosum. Para verificar as taxas de parasitismo, aos 1, 2, 4 e 6 dias após a liberação (DAR) dos parasitoides, ovos do hospedeiro Ephestia kuehniella (Lepidoptera: Pyralidae) foram ofertados. Após a determinação do número de ovos parasitados, os dados foram agrupados em um coeficiente de redução (Ex) para fornecer um resultado único para os efeitos dos inseticidas sobre o parasitoide. Tanto para as safras 2019/20 quanto 2020/21, verificou-se que em 2 DAR, ocorreram as maiores taxas de parasitismo. Em contraste, aos 6 DAR, não foram observadas taxas de parasitismo. Lambda-cialotrina, tiametoxam e zeta-cipermetrina foram classificados como moderadamente nocivos; tiametoxam + lambda-cialotrina foi classificado como prejudicial. Seguindo as diretrizes da IOBC, a toxicidade desses produtos em condições de campo é inferior à obtida em laboratório ou semi-campo para o T. pretiosum. Entretanto, esses inseticidas devem ser evitados, ou utilizados em momentos que não coincidam com a liberação ou presença do parasitoide a campo.

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