Peso corporal e química sanguínea de quatis selvagens que consomem alimento humano descartado
Repoles, Renata BarcelosCesario, Clarice SilvaMartinez, Edilberto NobregaLopes, Waldomiro de PaulaRodrigues, Delma HenriquesCarvalho, João PauloOliveira, Viviane SilvaBrinati, AlessandroGama, Giovana França Bispo daHemetrio, Nadja SimberaSilva, Ita Oliveira eBoere, Vanner
RESUMO: O quati (Nasua nasua, Linnaeus 1766) é uma espécie generalista que alimenta-se de comida humana frequentemente descartada em lixeiras ao redor de locais de turismo ecológico. Investigou-se o peso corporal e algumas variáveis da química sanguínea relacionadas à dieta de quatis selvagens de três parques: Parque Municipal das Mangabeiras (PM), Parque Nacional do Caparaó (PNC) e Estação Ecológica Água Limpa (EEAL). Testou-se o plasma de 75 quatis para lipoprotequatis sitaabeiras (PM), Parque Nacional do Caparaó (PNC) aspartato transaminase (AST), gama-glutamil transferase (GGT), colesterol (Chol), triglicerídeos (Trig) e fosfatase alcalina (ALP). Machos e fêmeas adultos não diferiram significativamente quanto a peso (P > 0,05) e índices de química sanguínea (P > 0,05). Os quatis adultos do PM foram mais pesados em relação aos quatis adultos dos outros dois parques. Houve diferenças significativas em HDL (P < 0,04), AST (P < 0,001), ALT (P < 0,001) e GGT (P < 0,001) entre os adultos dos três parques. Apenas ALT e ALP foram significativamente diferentes (P < 0,05) entre os quatis jovens. Os resultados sugerem que os quatis dos três parques apresentam diferentes estados de saúde. O consumo de alimentos humanos descartados parece afetar o peso corporal dos quatis do PM. Os quatis do PNC e da EEAL apresentaram perfis químicos sanguíneos sugestivos de doença hepática. Recomendamos a realização de programas de educação ambiental aos visitantes e investigações clínicas adicionais nos quatis desses parques.
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