Associação de peróxido de hidrogênio com misturas comerciais fungicidas no controle da ferrugem asiática da soja
Souza, Paulo Henrique Nascimento deBacchi, Lilian Maria ArrudaGavassoni, Walber LuizAndrade, Wagner da Paz
Nos últimos anos, a eficiência do controle de Phakopsora pachyrhizi por fungicidas tem sido reduzida, dificultando o manejo da ferrugem asiática da soja, o que ocasiona o comprometimento da produtividade. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da adição do peróxido de hidrogênio (H2O2) em misturas comerciais fungicidas no controle da ferrugem da soja. Foram realizados dois ensaios, um em ambiente de casa de vegetação e outro em condições de campo. Em ambos ambientes foram estudados quatro programas de controle com formulações comerciais: I) azoxistrobina + ciproconazole (IQe + IDM); II) picoxistrobina + ciproconazole (IQe + IDM); III) piraclostrobina + epoxiconazole + fluxapiroxade (IQe + IDM + ISDH); IV) água - H2O (sem aplicação fungicida) associados à: i) peróxido de hidrogênio - H2O2, ii) mancozebe (controle positivo I), iii) clorotalonil (controle positivo II) e iv) água - H2O (sem associação). Análises de área foliar lesionada e de rendimento de grãos revelaram que a adição de peróxido de hidrogênio nas misturas de fungicidas IDMs e IQes proporcionou uma redução na severidade da doença entre 33 a 44% comparado aos produtos isolados, incremento na produtividade e maiores índices SPAD. O uso isolado do peróxido de hidrogênio e dos fungicidas multissítios não resultou em controle da ferrugem da soja. A utilização do H2O2 associado a misturas comerciais fungicidas, além de aprimorar a eficiência de controle, demonstra possibilidade de uso como ferramenta para manejo da resistência e redução dos prejuízos provenientes da ferrugem asiática da soja.
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