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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Técnicas bidimensionais e tridimensionais para determinar os padrões cinemáticos durante a ultrapassagem de obstáculos pelos membros pélvicosdurante a locomoção de ovinos

Diogo, Camila CardosoFonseca, BárbaraAlmeida, Francisca Soares Marques deCosta, Luís Maltez daPereira, José EduardoFilipe, VítorCouto, Pedro AlexandreGeuna, StefanoArmada-da-Silva, Paulo AlexandreMaurício, Ana ColetteVarejão, Artur Severo Proença

A análise da locomoção é frequentemente usada como uma medida para avaliar a disfunção e sua recuperação após lesão nervosa periférica experimental. Quando comparadas com os roedores, as ovelhas oferecem várias características atrativas como modelo experimental para o estudo da regeneração nervosa periférica. Não existem estudos acerca dos resultados da locomoção após lesão e reparação do nervo periférico no modelo ovino. No presente estudo, realizámos e comparámos a cinemática bidimensional (2D) e, pela primeira vez, tridimensional (3D) do membro pélvico durante a ultrapassagem de obstáculos no modelo ovino. Este estudo teve como objetivo obter dados cinemáticos para servir de modelo para uma avaliação objetiva do movimento articular do tornozelo em estudos futuros de lesão e reparação do nervo fibular comum (FC) no modelo ovino. A estratégia usada pelas ovelhas para elevar o membro pélvico sobre um obstáculo com uma altura moderada, fixado em 10% do seu comprimento, caracteriza-se por uma flexão pronunciada do joelho, tornozelo e metatarso-falangeana ao se aproximar e ultrapassar o obstáculo. Apesar dos padrões cinemáticos do quadril, joelho, tornozelo e metatarso-falangeano terem sido idênticos, foram encontradas diferenças significativas entre os valores do movimento angular das articulações em 2D e 3D. Os nossos resultados mostram que as mudanças mais aparentes que ocorreram durante o ciclo da marcha foram nas articulações do tornozelo (em 2DSTANCEmax: 157±2.4 graus vs. em 3D STANCEmax: 151±1.2 graus; P .05) e metatarso-falangeana (em 2D STANCEmin: 151±2.2 graus vs. em 3D STANCEmin: 162 ± 2.2 graus; P .01 e em 2D TO: 163±4.9 graus vs. em 3D TO: 177±1.4 graus; P .05), enquanto as articulações do quadril e do joelho foram muito menos afetadas. É provável que os dados e técnicas descritas aqui sejam úteis para uma avaliação objetiva das alterações na marcha após lesão e reparação do PC no modelo ovino.(AU)

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