Estabilidade pré-analítica do hormônio adrenocorticotrófico endógeno canino após remessa de amostras em gelo seco ou com barras de gelo reciclável
Poppl, Álan GomesSilva, Carolina Castilhos daCarvalho, Guilherme Luiz Carvalho deSoila, RogérioFurtado, Priscila Viau
A mensuração do hormônio adrenocorticotrófico endógeno (ACTHe) é útil na investigação do hipercortisolismo e hipoadrenocorticismo. No entanto, como o hormônio é bastante instável, as amostras de sangue necessitam um manejo adequado no processamento e armazenamento, assim como o envio para laboratórios pode ser um passo limitante, uma vez que poucos laboratórios oferecem este ensaio no Brasil. O objetivo deste trabalho foi comparar a estabilidade pré-analítica do ACTHe durante longo período de envio de amostras congeladas em gelo seco (GS), ou com barras de gelo reciclável (BGR). Um total de 56 amostras pareadas para mensuração de ACTHe foram analisadas. As amostras de sangue foram adequadamente manejadas, sendo o plasma transferido para micro tubos plásticos estocados a -80ºC. Os 56 pares de amostras foram enviados à tarde para chegada ao laboratório na manhã seguinte em dois isopores, um com GS e outro com BGR. Apesar de uma alta correlação entre os resultados dos diferentes métodos de envio (r Spearman = 0,958, P<0,001), o teste de Wilcoxon para amostras pareadas mostrou que o método de envio influencia os resultados P<0,001). Apesar desta diferença, os resultados não afetaram a interpretação dos resultados. Desta forma, quando o envio em gelo seco não for possível, o envio das amostras com barras de gelo reciclável pode representar um risco à estabilidade pré-analítica do ACTHe.(AU)
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