Comportamento do enxerto omental livre sem anastomose vascular implantado em feridas experimentais de gatos
Teixeira, Jorge Gabriel de CerqueiraCavalcanti, Mariana BragaFernandes, Maria Eduarda dos Santos LopesSilva, Rhudson Victor VilarinhoSantos, Mylena Assis dosCampos, Diefrey RibeiroSilva, Marta Fernanda Albuquerque da
Sabe-se que a cicatrização de pele em gatos é mais lenta e apresenta índice maior de complicações que nos cães, dai a importância da busca de novos recursos para estimular o processo cicatricial. São conhecidas as propriedades do omento no auxílio ao reparo tecidual e, dentre as formas de omentalização extraperitoneal, o uso do omento livre sem anastomose vascular é vantajoso, porém pouco estudado; não há conhecimento sobre seu efeito na cicatrização cutânea, tampouco se permanece viável quando implantado no espaço subcutâneo. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar possíveis alterações produzidas pelo enxerto omental livre sem anastomose inserido no espaço subcutâneo, por meio da avaliação clínica macroscópica da região de implantação em gatos. Foram utilizadas 20 gatas, de idade entre um e sete anos, sem alterações em exame de sangue, FIV/FELV negativas. Os animais foram divididos em dois grupos (Tratado e Controle) de igual tamanho, diferindo quanto à utilização do enxerto de omento livre. Foi realizada cirurgia de ovariossalpingohisterectomia (OSH) em todos os animais, previamente à criação da ferida experimental para implantação ou não do enxerto omental. As feridas foram avaliadas nos dias 1, 2, 4, 8 e 15 do pós-operatório e a partir de então semanalmente, até nenhuma alteração ser observada. Foram anotados dados referentes à coloração, consistência, presença de crosta, resistência da ferida e medidas do volume. Nos resultados destacou-se a ativação do omento no quarto dia de avaliação, observada pelo aumento de volume, com redução de hemorragia e aumento na resistência da ferida experimental à tração. Conclui-se que o omento em sua forma livre sem anastomose é capaz de manter sua viabilidade e exercer influência positiva sobre o processo de reparo, sem demonstrar sinais deletérios sobre a região implantada.(AU)
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