Impactos da claudicação pré-parto na lactação subsequente de vacas leiteiras da raça Holandês
Barbosa, Antônio AmaralAraújo, Maria Carolina Narval deKrusser, Rafael HerbstrithMartins, Charles FerreiraSchmitt, EduardoRabassa, Viviane RohrigPino, Francisco Augusto Burkert DelBrauner, Cássio CassalCorrêa, Marcio Nunes
O objetivo deste estudo foi verificar as consequências da claudicação no período pré-parto no início da lactação subsequente de vacas da raça Holandês. Vinte e sete vacas multíparas foram monitoradas do dia -30 até o dia 63 em relação ao parto. Trinta dias antes do parto os animais foram divididos em dois grupos de acordo com classificação de escore de locomoção (EL) em que EL é atribuído ao animal sem claudicação, EL 2 suspeito de claudicar e EL 3, 4 e 5 representam claudicação leve, moderada e severa, respectivamente. No grupo de vacas claudicantes (n=15) os animais apresentavam EL ≥3 e no grupo controle (n=12) apresentavam EL de 1. Foi mensurada a produção de leite, escore de condição corporal (ECC) e as concentrações sanguíneas de β-hidroxibutirato (BHB), ureia, fósforo, cálcio, aspartato aminotransferase (AST), gama glutamil transferase (GGT) e proteínas plastmáticas totais (PPT). A produção média de leite das vacas claudicantes (17,675 ± 0,31 L/dia) e concentração de cálcio sanguíneo (7,42 ± 0,12 mg/dL) foram menores quando comparadas com as não-claudicantes (22,27 ± 0,42 L/dia e 9,63 17,675 ± 0,13 mg/dL). Além disso, vacas claudicantes perderam mais ECC no pós-parto recente. Os metabólitos AST, GGT, PPT, ureia, BHB e fósforo não diferiram entre grupos durante o período avaliado. A claudicação evidente em vacas no pré-parto apresenta grandes reflexos negativos na produção de leite e calcemia desses animais, tornando o EL pré-parto uma ferramenta importante no diagnóstico precoce de prejuízos na futura lactação.(AU)
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