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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

A expressão de B220 como um marcador imunológico para diferenciação de gatos portadores do vírus da leucemia felina

Frota, Isadora Duarte SantosSouza, Jéssica de OliveiraBusato, Fernanda de OliveiraAraujo, Cristina Abreu deCurbani, FlávioOlivieri, DavidTadokoro, Carlos Eduardo

O vírus da leucemia felina (FeLV) causa de uma infecção em gatos, que também podem ter outras patologias, como a imunodeficiência felina (FIV), a peritonite infecciosa felina (FIP) e linfoma. Embora uma resposta imune comprometida seja encontrada nestes animais, pouco se sabe sobre o estado imunológico de suas células. Para ampliar o número de testes com a finalidade de avaliar o estado imunológico destes animais, estudamos amostras de sangue periférico de gatos infectados, ou não, com FeLV, e que apresentavam (concomitantemente) FIV, FIP e linfoma. Para isto, amostras de sangue foram marcadas com um painel de anticorpos monoclonais contra antígenos de camundongos e humanos (n = 11), para avaliar seu potencial para estudos imunológicos em gatos. De todo o painel de anticorpos testados, apenas o anticorpo anti-B220 de camundongo foi capaz de marcar leucócitos de gato. Nossos resultados mostraram que os gatos com FeLV e FIP, ou com leucemia, apresentaram uma grande diminuição nas células mononucleares B220+. No entanto, gatos FeLV+ sem sinais clínicos, ou com sinais clínicos inespecíficos, tiveram a mesma quantidade de células B220+ que os gatos saudáveis (gatos controle). Como a expressão de B220 é restrita à população de células B naïve, podemos inferir que a ausência dessas células B em gatos FeLV+ está relacionada a outras condições que afetam o número destas células, como infecções virais e leucemias. Portanto, a quantidade de células B naïve no sangue periférico pode ser usada para identificar gatos FeLV+ concomitantemente portadores de PIF ou leucemia, de gatos FeLV+ com linfoma ou sem sinais clínicos.(AU)

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